domingo, janeiro 16, 2005

TEXTO PERFEITO

Esta é, sem qualquer dúvida e indiscutivelmente, a melhor forma de iniciar um texto. Um texto que começa assim, só pode continuar desta forma, isto porque um texto que começa tão bem não pode piorar, ele deve, pelo contrário, manter o mesmo nível em toda a sua extensão, ou até mesmo melhorar, caso isso seja possível, como é óbvio. Mas se tal não for possível ele deve apenas (e isto é o mínimo que se pode exigir) continuar com um grau de qualidade em tudo semelhante ao grau com que se iniciou, o que, de certa forma, está a ser feito por esta continuação deste texto que, em boa verdade se diga, não podia mesmo prosseguir de melhor forma. Dito tudo isto, este texto conclui-se a si próprio com a melhor conclusão que poderia alguma vez ter e que é esta.

ODITREVNI OTXET

MIF

.medro atse rop ,amic arap oxiab ed e adreuqse a arap atierid ad odil res ed ahnit ,lanifa ,sam ,medro atse rop ,oxiab arap amic ed e atierid a arap adreuqse ad es-rel a avaçemoc euq otxet mu zev amu arE

BÁSICA HUMANA DEFINIÇÃO

Vivemos e morremos
Fodemos e procriamos
Bebemos e mijamos
Comemos, vomitamos e cagamos
Vemos e ouvimos
Cheiramos e saboreamos
Sentimos, sentimos e pensamos
Desejamos e criamos
Somos assim
Somos humanos

RAÇZÃO

Diz torção com distorção
Enquanto fazes uma contorção
Contraída sobre o coração
Em oração pelo não
À ração da razão

Eu não como ração
E tu também não
Mas ambos comemos pão
E temos mais do que uma mão
Para darmos a outra mão

sábado, janeiro 15, 2005

BLOGS AMIGOS de amigos que fazem blogs


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A DISNEY DÁ-ME VONTADE DE FUMAR ERVA Posted by Hello

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A QUARTA PARTE DE UM QUARTO

Um quarto, para se completar, precisa de mais três quartos.
Dois quartos de pessoa e um quarto de amor.

DEPRESSAIVO PRESSIONANTE

Pressa mais
Pressa demais
Depressa mais
Deprime mais
Depressa demais
Pressão a mais
Pressa a mais
Mais pressa
Mais depressa
Mais deprime
D
E
M
A
S
I
A
D
O

D
E
P
R
E
S
S
A

EXAUSTÃO DA REPETIÇÃO

A não repetição deve ser repetida até à exaustão
A não repetição até deve ser repetida à exaustão
A não repetição deve ser até repetida à exaustão
A exaustão da não repetição até deve ser repetida
A não exaustão da repetição deve ser até repetida
A exaustão da repetição até não deve ser repetida
A repetição não deve ser repetida até à exaustão
A repetição não deve ser repetida até à exaustão
A repetição não deve ser repetida até à exaustão
A repetição não deve ser repetida até à exaustão
A repetição não deve ser repetida até à exaustão
A repetição não deve ser repetida até à exaustão
A repetição não deve ser repetida até à exaustão
A repetição não deve ser repetida até à exaustão
A repetição não deve ser repetida até à exaustão
Mas pode ser
Infelizmente
Ou não

DE CISÃO

A decisão é uma decisão de cisão.

ESPALHA FACTO

As pessoas espalhafatosas espalham-se contra os factos fatais enquanto espalham os seus fatos pelo chão dos quartos espalhados pelo mundo e olham-se, espalhafatosamente, ao espelho.

DIVERSÃODADE

A diversidade é uma forma de diversão
A diversão é uma versão da diversidade

MÁ CÓPIA BOA

As boas cópias são fiéis ao original
As más cópias são fiéis à originalidade

TER DESEJO DE TER

Só se pode ter o que se deseja se o desejado for o que se tem, porque quem deseja o que não tem, deseja o que não pode ter, pois só se pode ter o que já se tem, de uma forma ou de outra.

PARADOGMOXO

O paradoxo codifica os códigos em que é codificado
O paradoxo define as definições em que é definido
O paradoxo constrói as construções em que é construído
O paradoxo regula os regulamentos em que é regulamentado
O paradoxo ordena as ordens em que é ordenado
O paradoxo desordena as desordens em que é desordenado
O paradoxo divide as divisões em que é dividido
O paradoxo parte as partes em que é partido
O paradoxo liga as ligações em que é ligado
O paradoxo domina os domínios em que é dominado
O paradoxo converte as conversões em que é convertido
O paradoxo reprime as repressões em que é reprimido
O paradoxo submete as submissões em que é submetido
O paradoxo revoluciona as revoluções em que é revoltado
O paradoxo engana os enganos em que é enganado
O paradoxo destrói as destruições em que é destruído
O paradoxo cria as criações em que é criado
O paradoxo comanda os comandos em que é comandado
O paradoxo imagina as imaginações em que é imaginado
O paradoxo fantasia as fantasias em que é fantasiado
O paradoxo goza os gozos em que é gozado
O paradoxo teoriza as teorias em que é teorizado
O paradoxo pratica as práticas em que é praticado
O paradoxo dogmatiza os dogmas em que é dogmatizado
O paradoxo relativiza as relativizações em que é relativizado
O paradoxo contesta as contestações em que é contestado
O paradoxo contraria as contrariedades em que é contrariado
O paradoxo contradiz as contradições em que é contradito
O paradoxo paradoxa os paradoxos em que é paradoxalmente paradoxado

domingo, janeiro 09, 2005

CÓDIGO PARADOXAL

Os paradoxos são os limites dos códigos porque os paradoxos são o código que rege todos os outros códigos, pois os paradoxos são ilimitados e, consequentemente, infinitos, desta forma limitando o que é limitado e finito, isto é, os códigos não paradoxais. Todos os códigos são ordens e todas as ordens são códigos. A desordem ou caos é apenas a ordem que não conhecemos, o que é paradoxal, porque somos limitados não nos conseguimos aperceber do ilimitado senão de forma limitada, logo existe sempre caos. Apesar de tudo ser ordenado numa sequência de causa-efeito não conseguimos prever o futuro. O caos é ilimitado, logo infinito e eterno e, consequentemente, paradoxal. A ordem é limitada se não for caótica, pois o caos ou desordem também é uma forma de ordem. Algo que seja infinito não pode ter fim, se não pode ter fim também não pode ter começo, já que o começo é também uma forma de fim. Os ciclos são infinitos porque se estão sempre a repetir, qualquer parte de um ciclo pode ser, simultaneamente, começo e fim, não sendo, ao mesmo tempo, nem começo nem fim, pois tudo o que se repete não acaba, apenas volta a acontecer e assim continua. O único começo de um ciclo é a altura em que nos apercebemos do ciclo. Os ciclos são paradoxais porque são eternos, neles o começo e o fim coincidem anulando-se mutuamente. Um ciclo, para ser totalmente ilimitado, tem de ser fractal, isto é, tem de ser um ciclo que é composto por vários ciclos que por sua vez são também compostos por outros ciclos e assim sucessivamente. Um fractal é um ciclo em que a parte reflecte o todo, ele é auto-semelhante, logo é independente da escala. Um ciclo não é limitado pelo tempo. Um fractal não é limitado pelo espaço e, como é feito de ciclos, também não é limitado pelo tempo, logo é infinito e eterno ao mesmo tempo que existe no espaço e no tempo, sendo assim paradoxal. O paradoxo é começo e fim de tudo ao mesmo tempo que é infinito, o que também é paradoxal, sendo desta forma perfeito. Deus é aquilo que se considera infinito e perfeito, o criador, causa primeira e fim de todas as coisas, o limite ilimitado, a ordem que rege todas as outras ordens. Deus é um paradoxo. O Paradoxo é deus.

NORMALMENTE ANORMAL

Anormal é algo que não é normal

Normalmente a anormalidade é diferente da normalidade

Mas a normalidade é realmente uma anormalidade que está, normalmente, normalizada

Na normalidade existem normas que normalizam o normal

Quem é normal obedece às normas da normalidade pois é normal que assim o faça

Porém existe uma normalidade anormalmente anormal, pois a sua norma é a anormalidade

Se todos fossem anormais a normalidade seria anormal

Se todos fossem anormais a anormalidade seria normal

Esta normalidade anormal é a única normalidade suportável

A normalidade cuja norma seja a anormalidade permite a existência de mais ANORMAIS

Estes, apesar da falta de homogeneidade, são bem mais interessantes que os NORMAIS

Normalmente


EXCESSIVA MENTE

O excesso de pensamento pode bloquear a acção, activando o bloqueamento.

O excesso de acção pode bloquear o pensamento, accionando o bloqueamento.

O excesso de bloqueamentos pode desactivar o pensamento e a acção em bloco.

O excesso pode bloquear, ou não, se não for excessivamente activo ou pensado.

PALAVRA DO SENHOR

Quem não vive mata
Quem não mata vive
Quem não pensa é pensado
Quem não imagina é imaginado
Quem não muda é mudado
Quem não inventa repete
Quem não aprende é ensinado
Quem não é confuso é definido
Quem não se governa é governado
Quem não trabalha não atrapalha
Quem não ataca não luta
Quem não luta não é atacado
Quem não é atacado não defende
Quem não defende não ataca
Quem não mistura separa
Quem não se diverte é divertido
Quem não usa dinheiro não é pobre
Quem não possui não é possuído
Quem não é fim é meio
Quem não é nada pode ser tudo
Quem não é sujeito não se sujeita a ser objecto
Quem não sabe e sabe disso é sábio
Quem não se liberta libertando não é livre
Quem não espera não desespera
Quem não faz está feito
Quem não escreve lê
Quem não cria é criado
Um criado sempre às ordens

Palavra do senhor criador

DESORDENADAMENTE ORDENADO

A ordem desordena as pessoas porque estas são desordenadas por natureza, uma vez que na natureza a única ordem é a desordem, mas como a desordem também é uma forma de ordem vemos que as pessoas também são ordenadas por natureza, uma vez que na natureza toda a desordem é ordenada, mas é ordenada pela ordem da desordem.

GIRA À VOLTA GIRANDO SOBRE SI PRÓPRIO

O centro da galáxia gira em torno de si próprio enquanto o sol gira à volta dele.

O sol gira em torno de si próprio enquanto a terra gira à volta dele.

A terra gira em torno de si própria enquanto eu giro à volta dela.

Eu giro em torno de mim próprio enquanto tudo gira à minha volta, girando sobre si próprio.

TEORIA PRATICA

Quando me perguntou porque eu não levava as minhas teorias às últimas consequências práticas, arriscando mesmo ser preso pelos meus ideais, eu disse-lhe que mais valia pensar e não agir sempre, do que pensar e nunca poder agir, que no fundo é como agir e nunca poder pensar, ou seja: nem todas as cadeias têm grades.
– Não compreendi – respondeu-me ele enquanto acendia o cocktail molotov.

DEFINIÇÃO IMPRECISA

!?As. Fóó0orRm@s. Mª+is. “Impr€-ci_sa5. ;D£: c.o:um”nicação; 5ão, a$, (mAi§’ ::ric@$.,.,.;: um-a u-mA __u.m.@. v3zz.z ,,9ue *»pErM!t3m VmA .;mUytu >Mª10R Div;v:v3eErRs”S5S(S)iidAd€ d€ «iNter}pre{TT@s$çssõ&s».~.-.