CHÃO VARRIDO RIJO É
Ouve risos num andar mudo e escuta o silêncio
Por favor não me peças que eu te peça por favor
Eu sei que sonho alto, mas tenho medo de cair mal
Não consigo dizer o que quero e também não quero o que digo
O irracional tem a sua razão de ser em cada diferente maneira de ser
É fácil dizer que a vida é difícil, o que é difícil é torná-la fácil
Faço grandes planos para algo tão improvável como outra coisa qualquer
Os mamíferos são quentinhos e suaves ao toque como nós somos
Qual é a gravidade da lei de atracção dos corpos?
Se a sinceridade é sinal de fraqueza é porque as mentiras são fortes
Não acredites nas revistas pois começas a vestir-te com crateras
As mãos fazem muitas coisas mas só fazem o que lhes dizem
Abraço-me aos abraços que dão aos braços até à superfície
Todos os tamanhos e feitios estão enrolados no mesmo novelo
O vazio continua pacientemente com a sua espera no canto do sofá
Os fósforos só acendem com atrito e queimam dedos incautos
O calor seca as lágrimas mas os fósforos molhados não acendem
Um derrame de calor inunda de luz as faces ocultas pelas máscaras
Procuramos lá fora o que em nós se encontra tão perto
Os caminhos cruzam-se a qualquer momento diante dos nossos olhos
Mas as pessoas continuam a vestir-se com casacos de ferro
Todas as armas do mundo são feitas de plástico
Culpa-se o sistema mas quem tem culpa do sistema são as pessoas
Vejo o que quero ver e quero ver aquilo que vejo
Se digo o que me vem à cabeça é porque o que digo me vem da cabeça
O mundo está cheio de espelhos mas só alguns se vêm reflectidos neles
Unificados pela diversidade viajamos por sonhos de cimento
Se o que não é bom também não é mau então é porque é mesmo bom
A inteligência não é alta nem baixa, não é magra nem gorda
Quando se quer separar volta-se sempre a separar mais um bocadinho
Uma mão cheia de terra pode-se dividir em quantas partes?
Entre zero e um existem mais números do que os que se conseguem contar
Um palmo mede exactamente um palmo, nem mais nem menos
Somos todos meia pessoa e um reflexo dessa metade
As cabeças cortadas são as que mais mordem e arrancam cabeças
Sabe bem porque te disseram ou porque é bom para ti?
Se é bom para ti então não te deves sentir mal com isso
Se te faz sentir mal então é porque não deve ser bom
Tudo o que é doce também pode azedar como a chuva cai
Se o sumo de limão é amargo o melhor a fazer é juntar açúcar
Os cães perigosos também gostam lhes façam festas no pêlo
Tu fazes o que queres e só queres o que já consegues fazer
Será que tens consciência do que é ter consciência?
Quando nos rimos dos outros gozamos com nós próprios
Um ditador só é bom se for contra a sua ditadura
Muita gente cultiva arame farpado por baixo do cabelo
Quem é inconsciente nunca tem a consciência pesada
Quem muito se compara muito se repara e nem repara nisso
A higiene diária é um sintoma do nojo diário
Ninguém gosta de ser feio mas nem todos cuidam da aparência
Se as coisas boas se pagam o que é bom é o que se paga
A prostituição de luxo é um mercado com muita procura
Por dinheiro tudo se tem feito, tanto vidas como mortes
O dinheiro não se vende mas faz vender e também faz comprar
A incoerência é mais coerente que a coerência, quem não luta não perde
Se as guerras são irracionais porque é que têm sempre uma razão?
Tudo pode ter uma razão mas nada a tem, é emprestada
A lógica do cadeado tranca muitas portas e fecha muitas bocas
Existem marcadores que apagam e borrachas que escrevem
Os olhares cruzam-se entre caminhos paralelos ao eixo
Quem ataca é porque tem medo e não tem coragem
Alguns sobem pelas escadas enquanto outros preferem voar
Tudo o que é bom também se pode tornar num vício
Qualquer semelhança com uma ideia é pura coincidência
A escrita fluida escorre pelo ralo a gorgolejar ruidosamente
Eles esmagam cascas de ovos nas mãos e agarram fetos ao colo
As nossas pegadas esmurram os nossos desejos moribundos
Tu tens olhos para ver e eu também os tenho aos dois
A mudança é mais do que juntar água e meter no frigorífico
Quem espera por pedras atiradas para longe?
Nem só as moedas têm duas faces que se ocultam uma à outra
Uma pedra partida continua a ser uma pedra?
É mais sábio perguntar do que responder, não é?
A cada fechadura sua chave respectiva senão força-se a entrada
Podes esticar o braço mas nem sempre te agarram a mão
Todos os moldes fazem reproduções de quadrados
Há quem corte a sua própria cabeça enquanto pensa
Os cegos vêm à sua maneira mesmo quando é de noite
A surpresa da descoberta já nos é bem familiar
Uns destacam-se outros estão mais ou menos na média
Dantes os homens de palha chamavam-se espantalhos
A melhor maneira de ser vago é qualquer uma delas
Nas esquinas encontra-se sempre algo que se perdeu noutro lugar
O mel escorre devagar no queixo de quem não tem queixume
Um nó apertado, além de segurar, também prende
Os senhores de gravata cospem antes de agrafar
Quanto mais se varre o chão mais ele fica rijo
Por favor não me peças que eu te peça por favor
Eu sei que sonho alto, mas tenho medo de cair mal
Não consigo dizer o que quero e também não quero o que digo
O irracional tem a sua razão de ser em cada diferente maneira de ser
É fácil dizer que a vida é difícil, o que é difícil é torná-la fácil
Faço grandes planos para algo tão improvável como outra coisa qualquer
Os mamíferos são quentinhos e suaves ao toque como nós somos
Qual é a gravidade da lei de atracção dos corpos?
Se a sinceridade é sinal de fraqueza é porque as mentiras são fortes
Não acredites nas revistas pois começas a vestir-te com crateras
As mãos fazem muitas coisas mas só fazem o que lhes dizem
Abraço-me aos abraços que dão aos braços até à superfície
Todos os tamanhos e feitios estão enrolados no mesmo novelo
O vazio continua pacientemente com a sua espera no canto do sofá
Os fósforos só acendem com atrito e queimam dedos incautos
O calor seca as lágrimas mas os fósforos molhados não acendem
Um derrame de calor inunda de luz as faces ocultas pelas máscaras
Procuramos lá fora o que em nós se encontra tão perto
Os caminhos cruzam-se a qualquer momento diante dos nossos olhos
Mas as pessoas continuam a vestir-se com casacos de ferro
Todas as armas do mundo são feitas de plástico
Culpa-se o sistema mas quem tem culpa do sistema são as pessoas
Vejo o que quero ver e quero ver aquilo que vejo
Se digo o que me vem à cabeça é porque o que digo me vem da cabeça
O mundo está cheio de espelhos mas só alguns se vêm reflectidos neles
Unificados pela diversidade viajamos por sonhos de cimento
Se o que não é bom também não é mau então é porque é mesmo bom
A inteligência não é alta nem baixa, não é magra nem gorda
Quando se quer separar volta-se sempre a separar mais um bocadinho
Uma mão cheia de terra pode-se dividir em quantas partes?
Entre zero e um existem mais números do que os que se conseguem contar
Um palmo mede exactamente um palmo, nem mais nem menos
Somos todos meia pessoa e um reflexo dessa metade
As cabeças cortadas são as que mais mordem e arrancam cabeças
Sabe bem porque te disseram ou porque é bom para ti?
Se é bom para ti então não te deves sentir mal com isso
Se te faz sentir mal então é porque não deve ser bom
Tudo o que é doce também pode azedar como a chuva cai
Se o sumo de limão é amargo o melhor a fazer é juntar açúcar
Os cães perigosos também gostam lhes façam festas no pêlo
Tu fazes o que queres e só queres o que já consegues fazer
Será que tens consciência do que é ter consciência?
Quando nos rimos dos outros gozamos com nós próprios
Um ditador só é bom se for contra a sua ditadura
Muita gente cultiva arame farpado por baixo do cabelo
Quem é inconsciente nunca tem a consciência pesada
Quem muito se compara muito se repara e nem repara nisso
A higiene diária é um sintoma do nojo diário
Ninguém gosta de ser feio mas nem todos cuidam da aparência
Se as coisas boas se pagam o que é bom é o que se paga
A prostituição de luxo é um mercado com muita procura
Por dinheiro tudo se tem feito, tanto vidas como mortes
O dinheiro não se vende mas faz vender e também faz comprar
A incoerência é mais coerente que a coerência, quem não luta não perde
Se as guerras são irracionais porque é que têm sempre uma razão?
Tudo pode ter uma razão mas nada a tem, é emprestada
A lógica do cadeado tranca muitas portas e fecha muitas bocas
Existem marcadores que apagam e borrachas que escrevem
Os olhares cruzam-se entre caminhos paralelos ao eixo
Quem ataca é porque tem medo e não tem coragem
Alguns sobem pelas escadas enquanto outros preferem voar
Tudo o que é bom também se pode tornar num vício
Qualquer semelhança com uma ideia é pura coincidência
A escrita fluida escorre pelo ralo a gorgolejar ruidosamente
Eles esmagam cascas de ovos nas mãos e agarram fetos ao colo
As nossas pegadas esmurram os nossos desejos moribundos
Tu tens olhos para ver e eu também os tenho aos dois
A mudança é mais do que juntar água e meter no frigorífico
Quem espera por pedras atiradas para longe?
Nem só as moedas têm duas faces que se ocultam uma à outra
Uma pedra partida continua a ser uma pedra?
É mais sábio perguntar do que responder, não é?
A cada fechadura sua chave respectiva senão força-se a entrada
Podes esticar o braço mas nem sempre te agarram a mão
Todos os moldes fazem reproduções de quadrados
Há quem corte a sua própria cabeça enquanto pensa
Os cegos vêm à sua maneira mesmo quando é de noite
A surpresa da descoberta já nos é bem familiar
Uns destacam-se outros estão mais ou menos na média
Dantes os homens de palha chamavam-se espantalhos
A melhor maneira de ser vago é qualquer uma delas
Nas esquinas encontra-se sempre algo que se perdeu noutro lugar
O mel escorre devagar no queixo de quem não tem queixume
Um nó apertado, além de segurar, também prende
Os senhores de gravata cospem antes de agrafar
Quanto mais se varre o chão mais ele fica rijo
1 Comments:
Nem todas as merdas cheiram mal.
E digo mais:
- Mais.
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